quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Uma breve história do cinema



Olá pessoas lindas!

A ilusão do movimento que conhecemos como cinema é apenas umas das muitas inventadas através da arte da animação. Ela foi a primeira a se tornar popular e estabelecer uma linguagem para a nossa expressão através da imagem em movimento.

 
Desde a pré história o homem tinha interesse pelas imagens em movimento. O desenho e a pintura foram as primeiras formas de representar os aspectos dinâmicos da vida humana e da natureza, produzindo narrativas através de figuras. 




Esta tentativa se repete ao longo de toda a história da arte, como por exemplo:
 1. Os hieróglifos egípcios
2. Os vasos gregos














Os chineses, por volta de 5.000 a.C., criam o jogo de sombras. É a projeção, sobre paredes ou telas de linho, de figuras humanas, animais ou objetos recortados e manipulados. 






Mas, e atualmente? o que podemos chamar de  cinema?  Um sistema de reprodução de imagens em movimento, registradas e projetadas sobre uma tela, usado como meio de expressão artística e comunicação de massa.

E como a alusão de movimento se dá  devido a um "defeito" de nosso sistema perceptivo chamado "persistência renitiniana."
O físico belga  Plateau, inventa um aparelho formado por um disco com várias figuras desenhadas em posições diferentes. Ao girar o disco, elas adquirem movimento. com o nome de Fenascistoscópio: A idéia era apresentar uma rápida sucessão de desenhos de diferentes estágios de uma ação, criando a ilusão de que um único desenho se movimentava.
Para chegar às suas conclusões, Plateau estudou e descreveu o sistema visual humano, que podemos hoje comparar a uma câmera fotográfica: dentro de nosso globo ocular, temos a córnea e o cristalino, que funcionam como lentes. 
Revestindo o fundo do olho, está um sistema de células nervosas que pode ser comparado a um filme fotográfico ou a uma placa de vídeo
de um computador: é a retina. É ela quem transforma a energia
luminosa em estímulos nervosos que são enviados ao nosso cérebro.
Plateau concluiu que nossa retina tem uma particularidade: ela retém a luz que capta através do globo ocular por uma fração de segundo (aproximadamente 1/10 de segundo), antes de receber o próximo sinal luminoso emitido pelo ambiente ao nosso redor. Graças a esta característica,  descobriu-se uma forma de "enganar" o nosso cérebro: todo movimento mais rápido do que esta fração de segundo seria imperceptível para nós. 
 Muito tempo depois, os irmãos Lumiére baseando-se na teoria de Plateau, cria o cinematoscópio ( ou câmara escura) que será a primeira experiência com a sétima arte.

Seu primeiro filme: A chegada do trem a estação.
Espero que tenham gostado desta breve linha do tempo sobre o cinema. Qualquer duvida ou esclarecimento deixe-nos um comentário.


UMA REFLEXÃO CRÍTICA SOBRE A LEI 13006: para além da exibição dos filmes nas escolas



Olá pessoas queridas!

Segue uma reflexão pertinente sobre a lei 13006/2014  em vigor.


                                                                                              Marcos Donizetti da Silva*
                                                           *Graduado em Cinema e Audiovisual, cineclubista e educador.


A Lei nº 13.006 torna a exibição de filmes de produção nacional obrigatória nas escolas de ensino básico por, no mínimo, duas horas mensais, exigindo, assim, que sejam criadas ou repensadas práticas escolares que, muitas vezes, já acontecem nesse campo. Ou seja, quais são, efetivamente, os parâmetros de exibição desses conteúdos? Isso porque apenas passar o filme não contribui diretamente na formação do estudante enquanto sujeito pensante, crítico e formador de opinião. 

Nesse sentido, é importante pensar a aplicação da lei em contexto mais amplo, isto é, criar metodologias para que esse processo atinja o público em perspectiva abrangente, como parte integrante do currículo escolar.
A intenção é tornar o processo de mediação, pela escola, realmente atrativo, uma vez que lidamos com a ausência de uma cultura de assistir filmes em casa e na própria escola. É preciso que a exibição seja interessante e envolva os estudantes no debate e reflexão sobre essas produções, para que esse processo ganhe força, já que, por meio dele, terão outro olhar quando forem assistir qualquer tipo de filme, novela ou seriado, por exemplo.
Criar minimamente um parâmetro para utilizar dessa possibilidade do cinema leva ao desafio de gerar reflexões sobre o contexto em que se está vivendo, implicando, portanto, inserir a exibição nesse mesmo contexto social. A realidade plural das crianças envolve pensar o meio urbano, rural, comunidades quilombolas, indígenas e ciganas. Significa entender que o cinema, para além do campo do entretenimento, abre possibilidades de descoberta de perspectivas de visão de mundo. Enfatiza-se, por isso, principalmente, o processo de formação de professores para investigação com os estudantes sobre o que é exibido, bem como a trajetória do diretor, conteúdos relacionados ao filme e ao seu contexto de discussão.
Devemos pensar como preparar o professor para que seja realizado um trabalho que não seja entediante para o aluno, mas, prazeroso, para que estudantes e professores se apropriem dessa linguagem. O cinema é uma produção elitista e cara e, na maioria das vezes, as comunidades não têm acesso às produções que, no meio urbano, estão concentradas nos shoppings. A exibição nas escolas deve oportunizar, assim, o trânsito pelos dois espaços – escola e cidade – com outro olhar, para conhecer obras diversas, especialmente, o cinema nacional.


Para tanto, é benéfico o diálogo e a troca de experiências com agentes culturais do setor, os cineclubistas do entorno da escola, já que o agente local realiza seções de diferentes formatos com vários tipos de públicos – escolas, cinemas de rua, por exemplo, que podem indicar, de certa forma, processos formativos que vão influenciar na questão da leitura, visão de mundo e perspectiva de atuação na realidade. A perspectiva do diretor do filme, seu olhar político sobre a realidade tratada, ou seja, a investigação prévia pode formular experiências que visem promover a postura critica dessa produção e sua articulação com contextos locais. 

Dessa forma, será preciso planejar a formação e articulação entre os atores envolvidos no processo, para que este não signifique uma sobrecarga de atividades e responsabilidades, na visão do professor, mas um instrumento que vem potencializar, efetivamente, as suas ações de trabalho.
Propor o filme já é um recorte e direciona olhar político sobre a realidade. A seleção dos filmes passa também pela produção massiva, desde que se reflita criticamente sobre os assuntos que dialogam com a realidade. Por isso, a formação é fundamental para se observar realidades diversas: não se pode olhar de forma restrita para uma realidade plural que implica diferentes linguagens e formatos. Ao diversificarmos as perspectivas de produção e olhares, incluindo documentário, animação, vídeo arte, por exemplo, buscamos abordagens que dialogam com a pluralidade de expressões, para alcançar uma experiência diferenciada daquelas já oferecidas.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Olá!



Bem vindos ao 1o curso de extensão de cinema na escola do Núcleo de Tecnologia Educacional. Sou a Professora Eudesia e juntamente com as professoras Liana e Elizete compartilharemos com vocês ( e com certeza aprenderemos também!) o mundo do cinema na escola.

Preparar os estudantes desta nova geração para o mercado de trabalho irá exigir - e já está exigindo - uma nova postura dos educadores orientada para a Sociedade do Conhecimento, que, entre outros princípios: busca desenvolver alunos engajados, motivados e prontos para enfrentar os desafios de hoje e do futuro; enxerga o aprendizado como uma ação continuada, que não se restringe às oportunidades apresentadas pelo professor; acredita que o aprendizado é para todos e ninguém deve ser excluído; reconhece que as pessoas aprendem de forma diferente; e provê uma infraestrutura necessária para o aprendizado, que ainda é físico, mas cada vez mais virtual.



Embora se constituam como novos desafios, as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) ajudam o aluno a viabilizar um modo de aprender baseado na integração entre conteúdos das várias áreas do conhecimento, com as diversas mídias (televisão, internet, livros etc.) disponíveis na escola.
É sabido que esse desafio educacional ainda não se encaixa na estrutura do sistema de ensino da escola pública que conhecemos, pois as salas continuam superlotadas, o horário da aula ainda permanece com 60 minutos, a grade curricular ainda é sequencial, há professores desmotivados e escolas sucateadas. Mas ela não é impossível.


Para isso, o professor precisa estar em capacitação constante, pois as informações mudam depressa e as tecnologias se propõem a ser um aliado do processo educativo, e não um ambiente a mais na escola.







E neste curso apresentaremos o cinema como um dos recursos mais prazerosos para se trabalhar em sala de aula e com ele a pergunta: O que podemos fazer para que esta mídia tão antiga e ao mesmo tempo tão atual nos ajude enriquecer o aprendizado de nosso aluno?


Em nossos encontros poderemos refletir e discutir sobre estas e outras questões importantes assim como  praticar sem medo e de forma pedagógica o cinema que tanto encanta a muitos.





Nos nosso próximo encontro, conheceremos  a origem do cinema e de que forma podemos utilizá-lo em nossa prática pedagógica.


Estamos aqui para o que precisarem.

Até lá!